segunda-feira, 28 de julho de 2008

Reflexoes...



Com um mes de viagem, por paises ruidosamente diferentes; intrigantes nos dias que passam e onde esses mesmos dias nos fazem pensar, dou por mim em reflexoes e pensamentos...

Engracado perceber-se (e de um final de tarde em transito de bus o fiz), como nos descobrimos e nos achamos nestas alhadas e bem-aventuradas andancas.

Cresci num meio em que temos que ser os melhores na escola, na faculdade e no trabalho. Incutem-nos a necessidade de sobressair e ser mais que os outros. Dizem-nos que temos que ser desta, daquela e da outra forma, sem nos darem margem para nos decidirmos a ser nos proprios.
Mal entramos para o mercado de trabalho, passamos (ou temos que passar) abruptamente de meninos a senhores, e ter uma ideia brilhante nos primeiros meses para fazer sentir que estamos a "compensar o investimento feito na nossa pessoa"...

Somos tratados como os melhores e regalias nao faltam... Mas quando nao nos encontramos no meio de tanta fachada, nao somos compreendidos... Por isso saimos e passamos de vedetas a desertores, num mundo feito de "mais-do-mesmo", onde a individualidade nao existe.

Nao olho para tras com desdem, e queria ter dado o dobro a quem me quis bem... Condeno apenas os mecanismos "planificados e optimizados" que se fazem nossos guias por estes dias... dias de hoje.

Por tudo isto segui por caminhos nao tracados. Por desvios menos claros, para voltar a mim. Benditos familiares e amigos que me compreendem e me seguem. Voces. Que este blog sirva para me descobrir mais a mim e ao mundo... Comigo vos trago!

BL

2 comentários:

Avó Pirueta disse...

Minha Querida Bárbara, por onde andas, por países atrasados em que não há tiles nem cedilhas?
Gostaria de te ler mais optimista mas também gostei de te ver consciente de que não há sequer pequenos almoços grátis... Eu parti um pé em Angola, estou em recuperação, passo agora muito tempo lá, o Bernardo e eu somos dois Amigos fraternos, ele vai casar com uma moça de 35 anos, mas a vida é dele. E, estranhamente ou não, ele nunca foi tão querido e presente na minha vida para comigo como é agora.
Aliás, a condição prévia ao pedido de casamento era que ele não trocaria o seu contacto comigo, fraterno e muito próximo, no tempo e no espaço, pelo casamento.
A vida dá muita volta e eu não consigo amar mais ninguém. Ele faz-me muita companhia mas... No entanto, estamos ambos em paz e sinceramente te digo que não sinto sequer ciúmes. O que ele me dá ninguém mais me pode dar. Sabes, eu também tenho um blogue. Um beijo muito carinhoso e cheio de saudades da tua Avó Pirueta. Acredita, a falta de escrita não significa distância nem desamor. Às vezes é precisamente o contrário. Renovo os beijos de saudade, minha Princesinha

Unknown disse...

Que Deus te guie amiga